A dor do luto se intensificou para uma família de Erechim após um erro inaceitável na entrega das cinzas de sua ente querida, Sidônia Ana Vesoloski, de 68 anos. Sidônia faleceu no dia 8 de março de 2025, após uma batalha de mais de um ano contra um câncer no pâncreas. Natural da comunidade da Escola Branca, onde cresceu e era conhecida por sua generosidade, Sidônia havia expressado o desejo de ser cremada e ter suas cinzas depositadas no cemitério local.
Entretanto, o momento de despedida se transformou em angústia e indignação para seus familiares. Ao receberem a urna com as cinzas, constataram que a identificação trazia o nome de outra pessoa. O erro gerou profunda comoção e um sentimento de ultraje na família enlutada.
Em entrevista exclusiva à Rádio Uirapuru, o filho de Sidônia, Leandro Vesoloski, compartilhou o sofrimento da família. Segundo ele, a empresa responsável pela cremação comunicou, uma semana após o velório, que as cinzas estavam disponíveis. A descoberta do nome incorreto ocorreu um dia antes da família planejar levar as cinzas ao jazigo.
“Foi um choque muito grande ver o nome errado. A frustração tomou conta, pois estávamos preparados para concluir esse processo”, desabafou Leandro. A partir daquele instante, a família foi assolada por dúvidas cruéis: o que aconteceu com as cinzas de Sidônia? Foram entregues a outra família? Já foram espalhadas em algum lugar, como é comum em cremações?
Leandro relatou que a empresa se prontificou a corrigir o erro, mas a confiança da família foi abalada. Agora, paira a incerteza se as cinzas que lhes serão entregues pertencem realmente à sua mãe. A família busca desesperadamente uma comprovação da identidade das cinzas.
Diante do ocorrido, a família pretende buscar amparo na justiça. O advogado Flávio Benvegnu, que acompanha o caso, declarou que seus clientes estão profundamente abalados e receosos em receber as cinzas oferecidas pela empresa, dada a falta de garantia sobre sua procedência. Nesse contexto, a possibilidade de uma ação indenizatória não está descartada.
Fonte: Portal Diário, com informações da Rádio Uirapuru