Escrito por 15:32 Destaque

Soli3: A União da Cotrisal, Cotripal e Cotrijal impulsiona a produção e o futuro do Biodiesel no Rio Grande do Sul

Um marco histórico para o agronegócio e a indústria gaúcha foi celebrado com o anúncio oficial da Soli3, a mais nova e promissora empresa que se instalará em Cruz Alta. Fruto da união estratégica de três gigantes do cooperativismo do Rio Grande do Sul – Cotrijal, Cotripal e Cotrisal –, o empreendimento representa um investimento robusto de R$ 1,25 bilhão e promete ser um motor de desenvolvimento para a região.

O complexo industrial, que contará com uma moderna fábrica de biodiesel e derivados de soja, ocupará uma área de 140 hectares nas proximidades da BR-158. A escolha da localização é estratégica, beneficiada pela proximidade com a linha férrea, o que otimizará significativamente a logística de escoamento da produção e o recebimento de matéria-prima.

A Soli3 terá capacidade para processar até 1 milhão de toneladas de soja por ano, com uma produção diária estimada de 600 toneladas de biodiesel, 60 toneladas de glicerina e 2,2 mil toneladas de farelo de soja. Desse total, cerca de 60% do farelo será destinado à exportação, com escoamento previsto pelo Porto de Rio Grande, enquanto o restante será distribuído entre os mercados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A casca de soja peletizada, em torno de 180 toneladas por dia, será totalmente consumida pelas próprias cooperativas.

As obras estão previstas para começar ainda em 2025, com a operação total da fábrica a partir de 2028. Durante a fase de construção, estima-se a geração de até mil empregos diretos. Uma vez em funcionamento, a Soli3 criará entre 150 a 650 postos de trabalho diretos e indiretos, movimentando significativamente a economia local e regional. O financiamento inicial do projeto será com recursos próprios das cooperativas.

Lideranças envolvidas no projeto destacaram a importância da Soli3. O presidente da Soli3 e da Cotrisal, Walter Vontobel, ressaltou que a fábrica significa “energia limpa e renovável”, agregando renda aos produtores rurais. O governador do Estado, Eduardo Leite, afirmou que o empreendimento “agrega valor à nossa produção, gera empregos e movimenta a economia”, consolidando a posição do estado na produção de biocombustíveis. A prefeita de Cruz Alta, Paula Rubin Facco Librelotto, celebrou o investimento como a “grande obra que todos nós estávamos aguardando”, capaz de mudar a história e o futuro do município.

O vice-presidente da Soli3 e presidente da Cotripal, Germano Döwich, resumiu o espírito de união por trás do projeto antes da apresentação detalhada. Ele afirmou que “Hoje as três cooperativas reproduzem a história já vivida: unem forças para enfrentar desafios atuais do campo e da economia. Vivemos um novo tempo, a soja se tornou a futura central das nossas lavouras. Para gerar valor, renda e permanência no campo, com esse propósito nasceu a Soli3.”

Em seguida, Nei Cesar Manica, presidente da Cotrijal e secretário da Soli3, ao abordar a apresentação do projeto, destacou a relevância do modal ferroviário para a nova indústria. Segundo Manica, a ideia é que a ferrovia seja utilizada não apenas para o transporte do óleo e farelo de soja produzidos, mas também para movimentar soja in natura das cooperativas, que atualmente é transportada por caminhão até o Porto de Rio Grande. Ele enfatizou que “Cooperativas que têm agroindústria têm a margem líquida que é praticamente é o dobro das que têm só commodities. Mostra a necessidade de transformação da nossa produção”, sublinhando a visão de agregar valor à produção agrícola regional.

A Soli3 é mais do que uma nova indústria; é um símbolo de inovação, cooperação e desenvolvimento sustentável, reforçando a potência do cooperativismo gaúcho e sua contribuição para o progresso do Rio Grande do Sul.

Foto: Soli3 / Divulgação / Jornal do Comércio

Fonte: Portal Diário – Jornal Tribuna Colonial