O publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (4) em uma pousada na Zona Norte de Porto Alegre. Ele é suspeito de ter deixado uma mala com partes do corpo de uma mulher na rodoviária da capital, encontrada no fim de agosto.
Jardim já havia sido condenado, em 2018, a 28 anos de prisão pelo assassinato da mãe, Vilma Jardim, de 76 anos. O crime ocorreu em 2015, quando a idosa foi morta com 13 facadas e o corpo concretado dentro de um armário no apartamento dela, no bairro Mont’Serrat. Em 2024, o publicitário havia progredido para o regime semiaberto.
De acordo com a Polícia Civil, durante depoimento ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o homem admitiu ter desmembrado a vítima e descartado os restos mortais. No momento da prisão, ele estava com o celular da mulher, que teria sido usado para se passar por ela e evitar que o desaparecimento fosse registrado.
A identidade oficial da vítima ainda não foi confirmada. A polícia investiga a ausência de impressões digitais, devido a cortes nos dedos, e também busca o crânio. O Instituto-Geral de Perícias já constatou que o tórax encontrado na rodoviária e os membros localizados no bairro Santo Antônio pertencem à mesma mulher, com mais de 45 anos. O DNA das partes e da mala coincidem.
As investigações, segundo o delegado Mario Souza, diretor do DHPP, contaram com análise de câmeras de segurança e diligências de campo. A polícia também apura o uso de perfis falsos em redes sociais, supostamente criados com inteligência artificial, para atrair mulheres.
Em relação ao crime de 2015, o Ministério Público apontou motivação financeira, com suspeita de disputa por um seguro de vida de R$ 400 mil deixado pelo pai de Jardim.
Redação: Portal Diário
Fonte: GZH
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