Doze pessoas foram presas em uma operação conjunta das Polícias Civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo contra um esquema nacional de fraudes conhecidas como golpe do falso leilão. A ação, batizada de Operação Lance Final, também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo e Itanhaém.

De acordo com as investigações, os criminosos criavam sites falsos de leilões virtuais, que simulavam páginas oficiais de casas de leilão e clonavam anúncios legítimos de veículos. Para atrair vítimas, patrocinavam links em buscadores, fazendo com que aparecessem entre os primeiros resultados de pesquisa.
Com alto grau de sofisticação, o grupo falsificava termos de arremate, documentos e até mantinha contato direto com compradores via aplicativos de mensagens. Após o pagamento dos lances, os valores eram transferidos e os golpistas desapareciam.
As apurações duraram mais de um ano, com uso de inteligência cibernética e troca de informações entre os estados. Durante a operação, houve apoio técnico do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, especializado em criptoativos. O núcleo foi responsável por rastrear valores ocultados em carteiras digitais, o que ajudou a mapear o fluxo financeiro da quadrilha.
Segundo a polícia, o grupo vinha se consolidando como uma das principais redes de fraude digital do país nesse tipo de golpe.
Como funcionava o golpe do falso leilão:
- Criação de sites falsos para simular leilões oficiais;
- Clonagem de anúncios de veículos legítimos;
- Patrocínio de links pagos em buscadores;
- Falsificação de documentos e ambientes virtuais para dar aparência de legitimidade;
- Contato com as vítimas via WhatsApp até a conclusão da transferência de valores.
Os investigados poderão responder por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 21 anos de prisão, além de multa.
Os nomes dos presos e as cidades onde ocorreram as prisões não foram divulgados.
Fonte: Odiario.net