O Rio Grande do Sul inaugurou sua primeira usina de produção de biometano a partir de lixo orgânico. A planta, localizada em Minas do Leão, a cerca de 100 km de Porto Alegre, tem como objetivo converter resíduos de 85 municípios do estado em um gás capaz de gerar energia e combustíveis. A produção inicial será destinada à indústria.
A unidade, batizada de Biometano Sul, tem capacidade para produzir o equivalente a 12,5 mil botijões de gás por dia. O projeto, que recebeu um investimento de R$ 150 milhões do grupo Solví e da Arpoador Energia, visa reaproveitar o lixo orgânico descartado e diminuir o impacto ambiental.
De acordo com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), a conversão do biogás em biometano deve evitar a emissão de aproximadamente 1 milhão de toneladas de gases do efeito estufa ao longo de 15 anos. A construção da usina também gerou 30 empregos diretos.
Como o lixo se transforma em gás renovável
- Decomposição do lixo: O material orgânico no aterro sanitário se decompõe e produz o biogás, composto principalmente por metano e gás carbônico.
- Captação: O biogás é captado por poços, sugado para uma rede de tubulações e levado até a planta de tratamento.
- Purificação: Na usina, o biogás passa por um processo para ter sua umidade e gases residuais removidos, restando uma alta concentração de metano (acima de 90%) – o biometano.
- Distribuição: O biometano é então comprimido e armazenado em cilindros, prontos para comercialização e uso.
A CRVR já tem planos de construir novas usinas em São Leopoldo, Santa Maria, Giruá e Victor Graeff, todas com a expectativa de entrar em operação até 2030. A projeção da empresa é que, até lá, a conversão de lixo em biometano possa suprir 10% da demanda por gás natural do Rio Grande do Sul.
Redação: Portal Diário
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Fonte: G1
