Não houve crime na morte de Edelvânia Wirganovicz, uma das quatro pessoas condenadas pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, encontrada sem vida dentro da cela que ocupava no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, divulgou a Polícia Civil em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (29).
A mulher era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, também condenada. Edelvânia admitiu o crime, que aconteceu em abril de 2014, no município de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, e apontou o local onde a criança foi enterrada.
Conforme a Polícia Civil, Edelvânia ficava em uma área segura da unidade prisional, isolada e com pouco contato com outras presas.
“No entanto, conforme detentas que foram ouvidas durante o inquérito, ela tinha ideações suicidas por conta da culpa que sentia devido ao crime pelo qual foi condenada e também por ter envolvido o irmão. Além disso, estaria se sentindo abandonada pela própria família”, disse o delegado Gabriel Borges.
A Polícia Civil esclareceu, ainda, que Edelvânia chegou a receber socorro dentro da unidade prisional, mas não resistiu e morreu.
A investigação policial foi concluída e o inquérito será encaminhado ao Ministério Público (MP), órgão responsável por avaliar o caso e decidir se ele deve ser encerrado ou não. Caso opine pelo encerramento, ele vai para a Justiça, que define pelo arquivamento ou não.
A prisão de Edelvânia
Edelvânia estava cumprindo o regime semiaberto após ter a prisão domiciliar revogada em fevereiro de 2025. A mulher foi condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Em 2023, uma decisão do juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre determinou que Edelvânia utilizasse tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional.
Fonte: G1
Foto: GloboNews | Reprodução