A Polícia Civil prendeu, na noite desta terça-feira (6), a mãe e o padrasto de Carlos Eduardo Telles, de um ano e cinco meses, sob suspeita de envolvimento na morte do bebê ocorrida em 8 de abril, no município de Taquara, no Vale do Paranhana. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada.
De acordo com a investigação, o menino foi levado sem vida ao Hospital de Taquara. Na ocasião, o casal alegou que a criança teria caído da cama. No entanto, exames periciais descartaram essa versão. O laudo apontou que os ferimentos no corpo da vítima eram incompatíveis com uma simples queda.
O delegado responsável pelo caso, Valeriano Garcia Neto, foi categórico ao afirmar que a criança foi espancada:
— Não há dúvidas de que o menino foi brutalmente agredido nas horas que antecederam sua morte. As lesões estavam espalhadas por diversas partes do corpo e não poderiam ter sido causadas por uma queda. O cenário é de extrema violência — declarou o delegado.
O laudo inicial indicou que a causa da morte foi uma hemorragia intracraniana provocada por um objeto contundente. Também foram encontrados hematomas em várias regiões do corpo, evidenciando o uso de um método cruel. Um segundo laudo pericial confirmou ainda sinais de asfixia, embora esta não tenha sido a causa principal do óbito.
Com as prisões, a polícia pretende ouvir novamente os suspeitos e outras testemunhas, agora com base nos novos laudos técnicos. O delegado ressalta que os motivos das agressões ainda estão sendo apurados, mas reforça que houve negligência no cuidado com a criança.
— A prisão é um passo fundamental para esclarecer os fatos. Já percebemos que os depoimentos começaram a mudar. O que já está claro é que essa criança não recebia os cuidados mínimos necessários — completou.
O Conselho Tutelar também interveio e acolheu outras crianças que viviam com o casal.
Os dois suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional, onde passarão por audiência de custódia.
Fonte: GZH