Uma mulher de 37 anos foi presa preventivamente nesta quinta-feira (2), em Balneário Pinhal, no Litoral Norte gaúcho, acusada de submeter o próprio filho, de 15 anos, a graves agressões. O caso foi descoberto após a escola do adolescente acionar a polícia ao registrar sua ausência por dez dias consecutivos.

Quando retornou às aulas, o jovem apresentava as mãos enfaixadas e relatou ter sido queimado pela mãe em um fogão, como forma de castigo.
De acordo com a Polícia Civil, além de provocar as queimaduras, a mulher não teria levado o filho para atendimento médico, utilizando apenas sal de cozinha nas feridas, o que agravou o sofrimento do adolescente. Os profissionais de saúde que atenderam o jovem relataram que as lesões evoluíram para um quadro grave de infecção, com risco de amputação. Exames confirmaram queimaduras de terceiro grau nas duas mãos, sinais de necrose e odor característico de infecção avançada.
A prisão foi efetuada no balneário Magistério durante a terceira fase da Operação Elo de Proteção, voltada ao enfrentamento de crimes contra pessoas em situação de vulnerabilidade. A mulher foi encaminhada ao sistema prisional e deve responder pelos crimes de tortura e omissão de socorro.
O Conselho Tutelar acompanha o caso, e o adolescente segue hospitalizado, recebendo tratamento intensivo para tentar recuperar a sensibilidade das mãos. A investigação prossegue sob responsabilidade da Polícia Civil.
informações GZH